09 junho 2015

#NotToday: Um conto sobre bullying - Elena

      Olá galera, bom esse é mais um conto baseado na historia de uma guria que sofreu com o bullying, ela depositou em mim uma confiança enorme então espero que ele fique a altura, Foi feito  com muito amor pra vocês, então, aproveitem e abracem a causa.
      Eu estarei até o final do mês selecionando historias para transformar em contos e publicando aqui no blog. Quem quiser ter a sua historia contada, entra em contato comigo através do e-mail do blog (por aqui) que eu explico como funciona direitinho

Essa é a historia de Elena...

     Começo de ano letivo e Elena tem que mudar de escola, ela chegou na sexta série e já não pode mais ficar na escola onde estudou nos últimos anos e que ama, apesar disso ela esta animada, acredita que por tirar boas notas e ser quieta vai ser bem recebida e não vai ter problemas com a escola nova; pena que ela estava errada. Durante os três anos seguintes Elena sofreu calada, todas as "crianças" da escola eram cruéis com ela, puxavam-lhe os cabelos encaracolados e a xingavam de baleia e, quando ia de cabelo preso as coisas só pioravam; ela sempre sobrava na hora de fazer os trabalhos em grupo, mesmo sendo inteligente e esforçada ninguém a queria, na hora do almoço, sempre acabava lanchando sozinha e para escapar dos comentários maldosos que vinham até mesmo nessa hora, ela ia comer debaixo das escadas ou dentro do banheiro.
     O tempo foi passando e o sofrimento só crescia, nessas alturas ela já havia alcançado o chamado nono ano do ensino fundamental II; foi nesse período que a menina descobriu a alto mutilação. Elena achou na dor dos cortes que fazia em si mesma, um caminho para a libertação de tudo que sentia depois de voltar humilhada da escola. Em um último ato desesperado de ser aceita, Elena alisou os cabelos e abriu mão dos cachos que tanto gostava, mas que todos ridicularizavam, na tentativa de diminuir os ataques que sofria diariamente. Mas as coisas não saíram como ela havia imaginado, seu cabelo saudável crescia rápido, fazendo com que ela tivesse que correr para o salão numa frequência absurda para retocar a raiz, suas orelhas que também eram motivo de piada agora estavam em maior evidencia e ela não foi poupada; tal agonia durou por um ano inteiro.
      No ano seguinte, já cansada das idas e vindas ao salão para retocar a progressiva, Elena cortou o cabelo, ela havia agora - sem saber - dado o primeiro passo rumo a liberdade; foi trocada de turma, essa mais era mais receptiva com as diferenças, porém, ainda a deixavam isolada, não queriam ter contato com a menina gordinha e baixinha que tinhas os cabelos curtos e encaracolados, e assim mais um ano se passou e os cortes dos quais ninguém sabia se mantiveram.
     Entretanto, em algum momento do segundo ano a tia de Elena, uma mulher gentil e muito observadora, descobriu sobre os cortes e levou a menina a um psicólogo em quem ela aprendeu a confiar e que a ajudou a superar a situação. A escola onde estudava foi notificada sobre o que acontecia sob o nariz da direção e ninguém desconfiava, nesse momento surgiu a palavra Bullying e aqueles que a agrediam foram punidos.
      O terceiro e último ano de Elena na escola chegou, e ela estava finalmente livre...

#                                                                       #                                                                      #

Tão comum como a reação violenta que a nossa outra personagem - Ana - teve, é a reação que Elena teve. A automutilação muitas vezes é tomada como um ato de rebeldia por parte do adolescente e as pessoas acreditam que isso é uma "fase"  e que vai passar, mas não vai, não sem o tratamento adequado e o apoio incondicional da família. Elena teve sorte de ter alguém que percebeu e a ajudou, porque provavelmente ela nunca contaria, por vergonha e medo de como os pais dela reagiriam e, muitas outras meninas também não contam, só que nem todas têm alguém pra perceber e ajuda-las e acabam cometendo suicídio.
  Esse post vem como promessa a todas essas meninas de que elas não estão sozinhas, Not Today!

07 junho 2015

[Playlist] O que eu tenho escutado

       Olá galera, não é novidade pra vocês que eu amo música e que não vivo sem ela por isso resolvi fazer essa playlist com 5 músicas que simplesmente não consigo parar de ouvir, não sou tão atuais, mas tem feito os meus dias mais ritmados.
Vamos a lista....

1º ) Blank Space - Taylor Swift. 
       Não sou fã da Taylor ou algo parecido, mas é que eu me identifiquei demais, afinal de contas ela não é a unica que tem um dedo podre para garotos....
Tenho uma longa lista de ex-namorados
Eles te dirão que sou maluca
Pois, você sabe que eu adoro os jogadores
E você ama o jogo
 2º)  Nobody Love - Tori Kelly.
        Nem conhecia essa moça até que a algumas semanas atrás uma amiga minha - Camila vulgo Zed - que é de lá de Rondônia, me mandou essa musica pelo Whatsapp, ai já viu foi amor ao primeiro refrão.
Dizer que te odeio, Mas eu sempre acabo ficando
Porque
Não, ninguém ama
Não, ninguém ama como você faz.
3º) Why'd you only call me when you high - Arctic Monkeys
      Essa foi meu colega de escola que me enviou ela na tentativa de me viciar na banda - e nele - obviamente funcionou.
Te deixei múltiplas chamadas perdidas
E à minha mensagem você responde
"Por que você só me liga quando está chapado?"
4º) Da menina - Tulipa Ruiz
      Okay, para o mundo que essa é especial. Eu sei, ela só tem uma estrofe mais quem se importa? Esse ritmo é irresistível.
Pinta a boca e beija o espelho
Que reflete a silhueta que você acabou de descobrir
5º) Oitavo Andar - Clarice Falcão
      Em minha defesa eu digo: sou do signo de câncer... Gosto muito da Clarice desde a época de  Porta dos Fundos e essa música - levemente psicopata - é tão eu que não poderia ficar de fora.
Quando os paramédicos chegassem
E os bombeiros retirassem nossos corpos do Leblon
A gente ia para o necrotério
Ficar brincando de sério deitadinhos no bem-bom
Bom gente essa é a minha playlist com um pouquinho do que eu tenho escutado recentemente, espero que gostem.

05 junho 2015

#NotToday: Um conto sobre Bullying - Ana

      Esse conto foi escrito por mim, inspirado na história pessoal de uma moça super gente boa e inteligente que eu conheci através dessa tal de internet. O que conto a seguir, é pra lembrar todas as meninas que sofrem com algum tipo de Bulllying de que elas não estão sozinhas.

Essa é a história de Ana...

      Ana estava se despedindo das suas amigas, elas estavam mudando de colégio e pela primeira vez ela não teria com quem sentar no intervalo, não haveria mais com quem rir e conversar sobre qualquer assunto que lhe viesse a cabeça... Não se passaria mais do que algumas semanas pra que os dias de Ana se tornassem cinzentos e sem vida.
       Ana estava no primeiro ano do ensino médio e diferente das outras meninas da sua idade, seu corpo não atendia aos padrões que lhe era imposto e por isso, todos os dias Ana sofria com gozações feitas tanto por meninas quanto por meninos. Ela não entendia porque isso acontecia e então se calava... Entretanto, o que antes era piadinhas , foram tomando proporções cada vez maiores e ainda assim Ana nada falava, ela tinha vergonha do que acontecia e pensava que um dia tudo eles a esqueceriam, mas isso não aconteceu.
        O tempo passava e Ana minguava, se revoltava, mas permanecia calada, até que um dia sem aviso nenhum de que aconteceria, ela teve uma reação, uma que não era do perfil dela, uma que chocou a todos e que se passou quase em câmera lenta... Ana estava sentada em sua mesa e em pé em alguns passos a frente estava o seu opressor que lhe gritava insultos; ela se levantou, deu dois passos até ele ergueu a mão e desferiu um golpe com toda a força que sua dor lhe oferecia, um tapa que carregado do ódio e medo que ela sentia daquele garoto que constante mente a agredia, se fez ouvir por toda a sala calando os risos e os insultos de uma única vez.
        Humilhado, aquele que agredia verbalmente Ana todos os dias, fez o caminho até as saias da diretora do colégio, onde derramou mentiras, que levaram Ana até a temível sala da diretora; foi ali que pela primeira vez Ana contou toda a verdade, infelizmente o que ela tinha feito era muito grave e por isso ainda teria que assinar o velho e feio livro preto, recebendo uma punição por ter reagido de maneira tão drástica.
         Passou então os dias da punição e finalmente Ana estava de volta as aulas; ao fim do dia ela havia percebido algo que para ela era incrível: não foram feitas mais piadas, as pessoas já não olhavam pra ela e davam risinhos, elas simplesmente se calaram ela não entendia como isso tinha acontecido mas era bom...

O que aconteceu de verdade e Ana nunca soube foi que ela não foi a unica a ser punida, o menino de sua sala que era o principal provocador dos insultos direcionados a ela também foram punidos e, durante o tempo que ela esteve fora uma nova palavra surgiu e mudou tudo. Bullying essa palavra esquisita e cheia de significado foi dita, escrita e explicada diversas vezes para que nenhuma outra menina sofresse o mesmo...

#                                                                     #                                                                                  #

     Todos os dias milhares de meninas espalhadas pelo mundo sofrem bullying, tudo por causa do seu tipo físico; não importa se são gordinhas ou magras, altas ou baixinhas, se elas não se encaixam no padrão mesquinho criado por alguém elas sofrem. Nós do Ser, Sonhar e Pensar não aceitamos isso, e já que este é um lugar livre de preconceitos de qualquer tipo, viemos levantar essa bandeira em apoio a todas essas meninas e dizer que onde quer que estejam elas não estão sozinhas, #NotToday!

03 junho 2015

[Entrevista] Carina Rissi Part. II


Olá galera, então eu sei que deveria ter liberado a segunda parte da entrevista antes, mas infelizmente não tive tempo de transcrever a entrevista. Entretanto cá estou eu - finalmente - liberando ela para você.
Quem não viu a primeira parte da entrevista pode ler ela (aqui)
Eu e a nossa ídola Carina Rissi

Com relação ao projeto Perdida - O Filme como esse convite e escrever o roteiro?

Tudo na minha carreira aconteceu meio que por acaso; quando comecei a escrever Perdida ninguém sabia, nem meu marido sabia, ai um dia eu falei " to escrevendo algo que parece um livro"ai quando ele viu falou "mas, isso é um livro, então vamos correr atrás para publicar" aconteceu a mesma coisa com o filme.
Eu tenho um blog e nele tem um espaço onde as pessoas deixam recado, e o Luca Amberg (Amberg Filmes) deixou um recado dizendo "Olha eu sou cineasta - ai ele deixou um bocado de contatos e referencias - eu li seu livro e eu queria fazer a versão cinematográfica, se tiver interesse entre em contato". Eu achei que fosse trote, porque isso não acontece muito no Brasil, eu pelo menos não tinha essa impressão, ainda mais com o tipo de literatura que eu faço. (...) Depois de alguma pesquisa descobrimos que o Luca era real, ai eu gritei.

Como foi o processo de escolha dos atores? Porque recentemente o casal #Sofian estava como Bruna Marquezine e Chay Suede

Não, é só uma sugestão mesmo, ainda não tem nada certo. Os atores, apareceu uma produtora ela é estrangeira que investiu um dinheiro muito grande, que ra oque faltava realmente pro filme acontecer, ó que eles exigiram algumas coisas, inclusive uma delas era a Bruna e tanto o Luca quanto eu achamos a Bruna uma ótima atriz, mas a beleza dela e muito expansiva, e a Sofia é uma mulher com uma beleza mais calma, mais quieta que você precisa olhar de novo pra perceber. Entaõ eu não sei o que vai acontecer, por isso eu quis fazer a pergunta na fan page pra ouvir o que vocês tinham a dizer, e isso foi mostrado aos produtores. (...) O que vai acontecer agora também será uma surpresa pra mim.
O roteiro que você perguntou eu acabei esquecendo de falar... hoje eu bato palma pra qualquer roteirista, é muito difícil, para vocês terem uma ideia, uma pagina de roteiro equivale a um minuto, meu livro é grande tem trezentas e sessenta e poucas paginas, é inviável. Então no começo foi muito difícil, eu aprendi muita coisa, e o filme ficou lindo, estou ansiosa pra chegar ao cinema, porque ficou a cara do livro; algumas cenas são novas porque existe uma necessidade de uma adaptação, mas são cenas feitas por mim que podiam, e eu gostaria muito de ter tido a ideia de colocar no livro.

As coisas todas devem acontecer agora nos próximos dois meses mais ou menos porque os produtores pretendem lançar o filme, mais ou menos no primeiro trimestre de 2016
*esperamos ansiosamente por isso*

Como foi pra você publicar um livro sobre o qual você demonstrou tanto carinho?

Esse livro, é um livro que profissionalmente foi totalmente fora de controle; eu planejei uma história, eu planejei um casal ai quando eu sentei pra escrever deu tudo errado, o casal não era o que eu tinha imaginado, a história não era o que eu tinha pensado. Tudo foi criando forma, ganhando vida e o mundo deles eu não tinha no que me meter, eu só fiquei assistindo; obviamente eu me apaixonei pela Luna, acho que tenho muita coisa dela e o mocinho do livro também - não vou falar o nome pra não dar spoiler - ele é cheio de defeitos também e talvez seja  por isso o meu favorito.


Então galera espero que você tenham gostado da entrevista. A Carina manda beijos pra todos, e até o próximo post que eu definitivamente não sei quando vai ser.